Um governo não pode apenas corrigir erros.

O assunto UERJ, que ganhou as redes sociais nos últimos dias, é só mais uma prova de como funciona o atual governo de Teresópolis. Afinal, a Prefeitura estava ou não pagando o aluguel do prédio da UERJ? Se não estava, porque não? Se estava, porque não veio a público comprovar?

O jornal A Gazeta Fluminense ainda era quinzenal e já falávamos sobre a mania do governo Arlei de empurrar com a barriga até a situação ficar mais séria. Ou de simplesmente não responder a algumas questões.

A questão da UERJ começou a ser alinhavada no governo de Roberto Petto, passou pelo de Jorge Mario e acabou sendo concretizada na gestão Arlei. Mas não porque o prefeito foi o grande articulador. Ele teve o mérito de continuar um processo já iniciado. E há duas semanas atrás, o deputado estadual Nílton Salomão esteve reunido com o governador e com o reitor da UERJ, como divulgamos aqui.

Agora, que a situação ganhou mais espaço na mídia e a possibilidade da cidade perder a faculdade de Turismo, o governo saiu do imobilismo.

Na questão dos PSFs também era uma tragédia anunciada. Óbvio que quando houvesse mudança de gestão iriam acontecer significativas mudanças de pessoal. Mas o governo tentou passar uma imagem de que estava tudo sob controle. Agora, nos bastidores tenta se solucionar mais este pepino.

Nossa cidade vive um momento em que não existe planejamento, apenas a solução de problemas, quando são resolvidos. E é duro imaginar que teremos ainda quase um mandato inteiro deste jeito. Esperamos que isto mude. Mas está difícil acreditar.

PS: Aproveitando o gancho, porque a Prefeitura nunca respondeu o porque de ter renovado um contrato de R$ 6 milhões de coleta de lixo sem licitação? Como agora tem muitos coleguinhas insatisfeitos, pode ser que outros se juntem a nosso então coro solitário para cobrar uma resposta que ficou escondida.

Texto: Mauricio Aragão
A Gazeta Fluminense